sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Etiqueta Profissional e sua influência na atenção à saúde

80% das dificuldades enfrentadas por clínicas, hospitais e empresas do segmento têm a ver com relacionamento interpessoal e comunicação, ausência de cortesia e bom-senso, negligência na apresentação pessoal, falta de postura profissional, entre outrosA etiqueta corresponde a um conjunto de bons costumes que possibilitam um convívio mais harmônico entre as pessoas. Acredita-se que sua origem esteja associada ao movimento Humanista da Renascença, tendo como alguns influenciadores o educador Erasmo de Rotterdam e o artista, humanista e mestre de cerimônia de banquetes Leonardo Da Vinci, que legaram diretrizes de boas maneiras. No entanto, a palavra etiqueta começou a ser utilizada apenas a partir do século XVII e provém do francês antigo “estiquette”, que eram bilhetes entregues às pessoas que iriam à Corte, contendo orientações de bons modos.
Percebe-se que a origem da etiqueta é antiga, porém ela permanece sendo um recurso atual e importante, pois está respaldada no humanismo, educação e bom-senso, elementos que estabelecem uma convivência mais adequada e agradável entre as pessoas na esfera social e profissional. Maria Aparecida Araújo, especialista em Etiqueta Social e Marketing Pessoal, em sua obra Etiqueta Empresarial (2004) relata que “pesquisas feitas na Universidade de Harvard demonstraram que 15% do sucesso profissional são devidos ao treinamento, capacidade técnica, à inteligência e à habilidade no trabalho. Os outros 85% estão ligados à competência para se relacionar com as outras pessoas e liderá-las com sucesso”.
Ao atuar em Consultoria de Recursos Humanos, mais especificamente em Treinamento de Recepcionistas em Clínicas Médicas, fica evidente esta estatística levantada pela Universidade de Harvard. Ao aplicar diagnóstico de necessidades da recepção de clínicas médicas para estruturar o treinamento, constata-se que cerca de 20% são necessidades de ferramentas administrativas que proporcionarão mais agilidade e eficácia na gestão da recepção e cerca de 80% estão ligados a problemas de relacionamento interpessoal e comunicação, ausência de cortesia e bom-senso, negligência na apresentação pessoal, falta de postura profissional, ou seja, a maior parte das deficiências na recepção de clínicas correspondem a aspectos comportamentais.
Considerando estes percentuais, verifica-se atualmente que investir em um programa de treinamento em etiqueta profissional e marketing pessoal tornou-se um aspecto importante em Clínicas e laboratórios médicos. Pois, profissionais da área de etiqueta estão comprometidos e aptos para proporcionar diretrizes de boa conduta aos recursos humanos que contemplam a estrutura das organizações do âmbito da saúde, possibilitando um ambiente mais favorável para que médicos do corpo clínico exerçam sua vocação de cuidar da saúde dos pacientes. Mais favorável, visto que a etiqueta profissional gera um melhor clima organizacional, eleva o padrão de atendimento ao paciente, há melhorias na convivência entre os colaboradores e torna mais positiva a imagem da empresa aos olhos do paciente.

Médicos e Planos de Saúde: uma delicada relação


"As operadoras de planos de saúde, por seus abusos e intransigência nas negociações com os prestadores de serviços, penalizam os beneficiários, daí a necessidade de intervenção imediata do poder público"
Em tempos de greve dos Correios, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária e outras categorias do funcionalismo público, os médicos de planos de saúde de todo o País iniciam uma greve, de pelo menos quinze dias, em defesa de reajuste médio de 50% na tabela de serviços e o fim das intervenções que consideram antiéticas, que as operadoras estariam exercendo para baixar os custos dos tratamentos prejudicando os pacientes.
A medida vem sendo anunciada desde o último mês de agosto, quando os médicos iniciaram negociações com as operadoras de planos de saúde a fim de alcançarem a melhoria nos valores pagos aos profissionais da saúde, em média de R$ 45,00 por consulta. Os médicos pretendem a criação de um indexador que permita o reajuste da tabela de serviços com a mesma periodicidade do aumento das mensalidades dos usuários.
Apesar das inúmeras tentativas de se chegar a um acordo com as operadoras, muitos casos foram infrutíferos, mobilizando a categoria a radicalizar com a greve suspendendo os atendimentos eletivos. O protesto foi articulado por três entidades que representam a classe médica nacionalmente: Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos.
A greve ocorrerá todo o País. Nos Estados do, Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Rondônia a paralisação ocorre em todos os convênios. Em outros oito Estados São Paulo, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina a greve será parcial, atingindo operadoras que não fecharam acordo. Já em sete outros Estados, Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins a categoria ainda irá decidir a forma da paralisação se total ou parcial. Somente nos Estados do Amapá, Ceará, Distrito federal, Pará e Roraima, não haverá greve face ao acordo firmado com as operadoras.
A preocupação dos médicos, no entanto, não se limita aos valores defasados pagos pelas operadoras, mas em especial pelas chamadas intervenções antiéticas exercidas pelas operadoras.
Segundo a categoria, os planos de saúde impedem a realização de tratamentos de alto custo, abreviam internações e pressionam os médicos a adotarem medidas de contenção que ameaçam a eficácia do tratamento dos pacientes.

Para o Conselho Federal de Medicina a saúde suplementar passa por grave crise de credibilidade, levando os pacientes beneficiários dos planos de saúde a se socorrerem do Sistema único de Saúde (SUS), onde as filas estão cada dia maiores.
Com intuito de se evitar a falência do sistema de saúde suplementar, os médicos vão adotar a greve como forma de pressionar não só as operadoras para o atendimento das reivindicações, mas especialmente o poder público. O objetivo e que o poder público faça uma intervenção direta através de normativas que garantam a autonomia da relação médico-paciente, além do estabelecimento de um sistema de contrato com mínimo de garantias profissionais, e ainda o reajuste periódico na forma como são realizados os reajustes da mensalidade.
O Senado Federal já possui propostas de leis que regulamentarão as relações entre as operadoras e seus prestadores de serviços. Encontra-se tramitando a PLS 165/2001, que propõe entre outras medidas a redução das possibilidades de descredenciamento de médicos e instituições hospitalares, hoje realizados quase sempre sem qualquer aviso. A PLS 380/2011 apresenta a questão do reajuste que ora é reivindicado pelos médicos. Segundo o texto da norma, as mensalidades dos planos de saúde deverão representar melhoria dos honorários pagos os profissionais de saúde credenciados. Este projeto estabelece ainda que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estipule reajustes regulares para procedimentos e eventos em saúde cobertos pelas operadoras.
Talvez o projeto de lei mais importante a ser apreciado pelo Senado seja sem dúvida o PLS 475/2011, de suma importância aos pacientes e médicos, pois aborda a necessidade de ser estabelecer os princípios éticos no atendimento aos usuários, de forma a determinar que as operadoras devam respeitar a integralidade das ações em saúde, de acordo com a segmentação contratada; a atenção multiprofissional e a autonomia e integridade física e moral das pessoas assistidas.
Mais uma vez as operadoras de planos de saúde, por seus abusos e intransigência nas negociações com os prestadores de serviços, penalizam os beneficiários, daí a necessidade de intervenção imediata do poder público para frear essas empresas que visam apenas os lucros e não a prestação da saúde suplementar de forma eficiente.
* Sandra Franco é sócia-diretora da Sfranco Consultoria Jurídica em Direito Médico e da Saúde, do Vale do Paraíba (SP), especializada em Direito Médico e da Saúde, membro efetivo da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico- Hospitalar da OAB/SP e Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde (ABDMS)
** Nina Neubarth é advogada, membro da Sfranco Consultoria Jurídica, especialista em Direito Público

Epimed lança novo sistema de controle de infecção hospitalar


Tecnologia marca expansão da empresa para outras áreas da gestão clínica. O software apoia gestão de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), obrigatória em todos os hospitais do País

A Epimed Solutions lança novo sistema de controle de infecção hospitalar, que viabiliza o monitoramento e a análise detalhada de informações relacionadas à atuação das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), obrigatórias em todos os hospitais do país, conforme regulamentação da Anvisa. De acordo com a Epimed, a solução permite ao gestor redesenhar as estratégias de tratamento utilizadas no hospital.
O lançamento do novo software de gestão de CCIH marca a expansão da empresa para outras áreas da gestão clínica.
O desenvolvimento da tecnologia incluiu a formação de uma parceria com o ILAS (Instituto Latino Americano de Sepse). O trabalho conjunto permitiu que as orientações do Instituto fossem incorporadas à ferramenta, recentemente adotada pela Rede D`Or São Luiz, no Rio de Janeiro, para o gerenciamento inteligente das CCIHs dos 12 hospitais da rede localizados na cidade.
Segundo a companhia, dentre os diferenciais do programa estão: a correlação de dados de infecção hospitalar com informações clínicas dos pacientes, a gestão integrada dos protocolos de sepse, bem como a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica e de infecção relacionada a cateter intravascular.
“A ferramenta permite que os dados sejam acessados em tempo real, de qualquer dispositivo conectado à internet, como celulares, notebooks ou tablets, integrando-se também com sistemas hospitalares e laboratórios de microbiologia”, diz o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Epimed, Marcio Soares.
Atualmente a Epimed Solutions monitora dados assistenciais de cerca de 7.000 leitos de UTIs nacionais em mais de 300 hospitais públicos e privados.